26/03/2014

ESCALA CARTOGRÁFICA.

Escala cartográfica: Como interpretar reduções em mapas

O mapa é uma imagem reduzida de uma determinada superfície. Essa redução - feita com o uso da escala - torna possível a manutenção da proporção do espaço representado. É fácil reconhecer um mapa do Brasil, por exemplo, independente do tamanho em que ele é apresentado, pois a sua confecção obedeceu a determinada escala, que mantém a sua forma. A escala cartográfica estabelece, portanto, uma relação de proporcionalidade entre as distâncias lineares num desenho (mapa) e as distâncias correspondentes na realidade.
As escalas podem ser indicadas de duas maneiras, através de uma representação gráfica ou de uma representação numérica.

Escala gráfica

A escala gráfica é representada por um pequeno segmento de reta graduado, sobre o qual está estabelecida diretamente a relação entre as distâncias no mapa, indicadas a cada trecho deste segmento, e a distância real de um território. Observe:

ou

De acordo com este exemplo cada segmento de 1cm é equivalente a 3 km no terreno, 2 cm a 6 km, e assim sucessivamente. Caso a distância no mapa, entre duas localidades seja de 3,5 cm, a distância real entre elas será de 3,5 X 3, ou 10,5 km (dez quilômetros e meio). A escala gráfica apresenta a vantagem de estabelecer direta e visualmente a relação de proporção existente entre as distâncias do mapa e do território.


Escala numérica

A escala numérica é estabelecida através de uma relação matemática, normalmente representada por uma razão, por exemplo: 1: 300 000 (1 por 300 000). A primeira informação que ela fornece é a quantidade de vezes em que o espaço representado foi reduzido. Neste exemplo, o mapa é 300 000 vezes menor que o tamanho real da superfície que ele representa.
Na escala numérica as unidades, tanto do numerador como do denominador, são indicadas em cm. O numerador é sempre 1 e indica o valor de 1cm no mapa. O denominador é a unidade variável e indica o valor em cm correspondente no território. No caso da escala exemplificada (1: 300 000), 1cm no mapa representa 300 000 cm no terreno, ou 3 km. Trata-se portanto da representação numérica da mesma escala gráfica apresentada anteriormente.

Caso o mapa seja confeccionado na escala 1 300, cada 1cm no mapa representa 300 cm ou 3 m. Para fazer estas transformações é necessário aplicar a escala métrica decimal:

ou

Aplicação da escala
A escala (E) de um mapa é a relação entre a distância no mapa (d) e a distância real (D). Isto é:

As questões que envolvem o uso da escala estão geralmente relacionadas a três situações:
 1. Calcular a distância real entre dois pontos, separados por 5 cm (d), num mapa de escala (E) 1: 300 000.

2. Calcular a distância no mapa (d) de escala (E) 1: 300 000 entre dois pontos situados a 15 km de distância (D) um do outro.
3. Calcular a escala (E), sabendo-se que a distância entre dois pontos no mapa (d) de 5 cm representa a distância real (D) de 15 km.


Grande e pequena escala
Para a elaboração de mapas de superfícies muito extensas é necessário que sejam utilizadas escalas que reduzam muito os elementos representados. Esses mapas não apresentam detalhes e são elaborados em pequena escala. Portanto, quanto maior o denominador da escala, maior é a redução aplicada para a sua elaboração e menor será a escala.
As escalas grandes são aqueles que reduzem menos o espaço representado pelo mapa e, por essa razão, é possível um maior detalhamento dos elementos existentes. Por isso, são aquelas cujo denominador é menor. As escalas maiores normalmente são denominadas de plantas que podem ser utilizadas num projeto arquitetônico ou para representar uma cidade. De acordo com os exemplos já citados a escala 1: 300 é maior do que a escala 1: 300 000.
A escolha da escala é fundamental ao propósito do mapa e ao tipo de informação que se pretende destacar. Numa pequena escala o mais importante é representar as estruturas básicas dos elementos representados e não a exatidão de seu posicionamento ou os detalhes que apresentam. Aliás, o detalhamento neste tipo de mapa compromete a sua qualidade e dificulta a sua leitura. Numa grande escala, como plantas de uma casa ou de uma cidade, existe uma maior preocupação com os detalhes, mas assim mesmo as informações devem ser selecionadas para atender apenas o objetivo pelo qual foram elaboradas.
CRÉDITO DE:Cláudio Mendonça é professor do Colégio Stockler e autor de "Geografia Geral e do Brasil" (Ensino Médio) e "Território e Sociedade no Mundo Globalizado" (Ensino Médio). 










25/03/2014

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS




PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
A representação mais precisa da superfície da Terra é o globo. A representação por meio de mapas, sempre acarretará distorções. Não existem projeções melhores ou piores. Cada uma se adapta a determinadas finalidades. Mas nenhuma resolve o problema da representação da curvatura da Terra numa superfície plana.
Para ser feita, a representação emprega um sistema de projeções cartográficas baseadas em relações matemáticas e geométricas. Apesar dos problemas que todas apresentam, sem essas projeções seria impossível a reprodução plana do globo terrestre.
Os tipos de propriedades geométricas que caracterizam as projeções cartográficas, em suas relações entre a esfera (Terra) e um plano, que é o mapa, são:
a) Conformes – os ângulos são mantidos idênticos (na esfera e no plano) e as áreas são deformadas.
b) Equivalentes – quando as áreas apresentam-se idênticas e os ângulos deformados.
c) Afiláticas – quando as áreas e os ângulos apresentam-se deformados.
As três projeções mais usadas são a cilíndrica, a cônica e a azimutal.
Projeção cilíndrica
Esta representação é obtida com a projeção da superfície terrestre, com os paralelos e os meridianos, sobre um cilindro em que o mapa será desenhado. Ao ser desenrolado, apresentará sobre uma superfície plana todas as informações que para ele foram transferidas.
Nem todas as projeções cilíndricas são iguais. A projeção cilíndrica conforme conserva a forma dos continentes, direções e ângulos, mas altera a proporção das superfícies, como é o caso da primeira projeção elaborada por Mercator.
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Gerard Mercator (1512-1594) desenvolveu seu trabalho, durante as grandes navegações do século 14. Do continente europeu partiram navios para a África, América e Ásia. A projeção é a mais apropriada à navegação marítima e mostra uma visão eurocêntrica do mundo.
Com o objetivo de aperfeiçoar as características da projeção de Mercator nas superfícies das regiões de alta latitude, Arthur H. Robinson criou a sua projeção, em 1963.
Com Robinson, os meridianos são colocados em linhas curvas, em forma de elipses que se aproximam quanto mais se afastam da linha do Equador. É a projeção mais usada nos atlas atuais.
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A projeção equivalente preserva o tamanho real da superfície representada, mas não mantém as formas, direções e ângulos, como é o caso da projeção de Peters.
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O mapa-múndi de Peters valoriza os países subdesenvolvidos, colocando-os em destaque ao representá-los com os seus tamanhos proporcionais. Ele projeta em linguagem cartográfica a ideia de igualdade entre as nações.
O cartógrafo alemão Arno Peters (1916-2002) considerava que os mapas eram uma das manifestações simbólicas da submissão dos países do Terceiro Mundo. Peters combateu a imagem de superioridade dos países do Norte representada nos planisférios derivados da projeção de Mercator. Seu pressuposto de que todos os países deveriam ser retratados no mapa-múndi de forma fiel a sua área, dá destaque os países subdesenvolvidos.

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Para reforçar ainda mais os princípios norteadores da projeção de Peters, alguns cartógrafos inverteram a posição convencional dos mapas.

Projeção cônica
Um cone imaginário em contato com a esfera é a base para a elaboração do mapa. Os meridianos formam uma rede de linhas retas convergentes nos pólos e os paralelos formam círculos concêntricos.
Essa projeção é utilizada para representar partes da superfície terrestre, como o trecho de um continente.

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Na projeção cônica, as distorções próximas ao paralelo de contato com o cone são pequenas e aumentam à medida que as superfícies representadas se distanciam desse paralelo.
 Projeção plana ou azimutal
O mapa numa projeção azimutal é construído sobre um plano tangente a um ponto qualquer da esfera terrestre. Este ponto ocupa sempre o centro do mapa.
A projeção azimutal é usada, em geral, para representar as regiões polares e suas proximidades e para localizar um país na posição central, tornando possível o cálculo de sua distância em relação a qualquer ponto da superfície terrestre. O emblema da ONU é uma projeção azimutal.

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As deformações são pequenas nas proximidades do ponto de tangência, mas aumentam com o distanciamento deste ponto.
Cláudio Mendonça é professor do Colégio Stockler e autor, para o ensino médio, de "Geografia geral e do Brasil" e "Território e sociedade no mundo globalizado".


18/03/2014

A IMPORTÂNCIA DOS MAPAS - CROQUIS, MAPAS E MAQUETES.

02 – CROQUIS, MAQUETES, PERFIS.
a-      CROQUIS:  (palavra francesa eventualmente aportuguesada como croqui ou traduzida como esboço ou rascunho) Forma de representação simples e imprecisa, mas que destaca um aspecto particular da realidade.

b-      MAQUETE: É a representação em um modelo na forma de miniatura tridimensional da realidade. Tem como característica a representação tridimensional do objeto representado.

c-       Perfis: é uma representação em perfil, em que pode ver representado o que está acima e abaixo do terreno.




03 – A IMPORTÂNCIA DOS MAPAS.
               Um mapa descreve os aspectos qualitativo e quantitativo de uma dada porção de espaço ou da realidade. Para isso, a cartografia recorre a uma linguagem própria.
               Os números, assim como o conteúdo de um mapa, são usados com a intenção de transmitir uma ideia de forma precisa, sem ambiguidade. A cartografia utiliza símbolos qualitativos com o objetivo de representar fenômenos localizáveis sobre uma base de referência.

A – MAPAS, CARTAS E PLANTAS.
MAPAS: correspondem a uma representação geométrica plana simplificada da realidade. De acordo com o nível de detalhe, ou seja, com a escala daquilo que está sendo representado, os mapas apresentam várias subdivisões:
( consultar o livro e comentar cada tipo)
Ø  Plantas cadastrais:

Ø  Carta topográficas:

Ø  Mapas regionais:


Ø  Mapa-mundi:

16/03/2014

-CAPÍTULO 2 - DIFERENTES FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO.

01 - INFORMAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO.

DADOS: É a informação ainda não trabalhada. Exemplos: valores de temperaturas, números de habitantes jovens na população de um país, a extensão de uma floresta natural ou de uma jazida de minérios.

                      Quando os dados são trabalhados e correlacionados a outras variáveis, transformam-se em INFORMAÇÃO.

                      As características das informações geradas a partir do dado é que dirão se o conhecimento pertence ou não ao domínio geográfico.

                      Uma das preocupações da geografia é a espacialização dos fenômenos, daí a necessidade de compreender a construção dos diversos tipos dos diversos tipos de representações gráficas-(croquis, mapas gráficos etc.). É a natureza do objeto estudado que orientará a escolha da forma de representação, que podem ser uma das seguintes variáveis:

VARIÁVEIS CONTÍNUAS: Exemplo- a variação da temperatura do mais frio para o mais quente, essa variação poderá ser representada através de cores poderá variar de cores mais frias para as mais quentes,como do branco para o vermelho. 

VARIÁVEIS DISCRETAS: quando o elemento representado não possue clara continuidade espacial. São objetos localizados no espaço, como cidades, áreas florestais e agrícolas. Podem ser representados por um ponto ou mancha ( área) com cores diferenciadas e/ou contrastes.


02 - CROQUIS, MAQUETES e PERFIS. 

A - CROQUIS: Forma de representação simples e imprecisa, mas que estaca um aspecto particular da realidade.

B - MAQUETES: É a representação em um modelo em miniatura da realidade. A maior característica da maquete se destaca a representação tridimensional do objeto representado.

C - PERFIS: É uma representação em perfil em que se pode se pode ser representado o que está acima e abaixo do terreno.